Paralelo  Feminino

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​Para entender o lugar da mulher na sociedade, temos que entender a formação da sua identidade e, principalmente, de seu posicionamento no contexto familiar.

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​Conhecer a relação afetiva que a mulher estabelece com seu companheiro, filhos e familiares, permite compreender a construção da sua sexualidade ao longo da história e o que passa no seu imaginário em relação ao seu corpo e beleza. Vivemos em uma sociedade na qual a imagem tem muito valor e que fixa um determinado padrão de beleza. Esse padrão  muitas vezes se torna opressor e acaba influenciando diretamente no modo de vida da mulher, inclusive em sua satisfação pessoal. As concepções de beleza estão diretamente ligadas a todo tipo de consumo, através do qual tentamos achar uma solução para as nossas insatisfações.

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Entretanto, as mulheres querem essa cobrança de um modelo estético perfeito?

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Este vazio pessoal é quebrado através da aceitação de viver o próprio corpo em plena liberdade: com ou sem soluções ou intervenções. A autoestima feminina começa com a aceitação do próprio corpo e o entendimento de que o padrão ideal da beleza feminina não existe. A prova de tudo isso, de como os padrões estéticos mudam e mudaram ao longo do tempo, estão nas obras do passado, nas quais o artista (tipicamente um homem) pintava a figura sinuosa da mulher sempre em forma diferente. Cada silhueta encarnava em sua época as “formas ideais” em matéria de volumes e curvas. Hoje, porém, a mulher participa ativamente da construção da sociedade. Rompendo barreiras e quebrando paradigmas, ela é cada vez mais fortalecida no âmbito social e profissional, no qual trabalha e ainda busca melhorar sua formação.

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As mulheres representadas por Susan são mães, filhas, irmãs, donas de casa, amantes, trabalhadoras: são tão diversas quanto iguais. Em comum, todas aparecem com seu lado humano e sentimental em paralelo a uma sociedade onde são cada vez mais fortes e livres para expressar a própria feminilidade.

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Rita Raimondi - Curadora exposição

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