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SORORIDADE

Susan Mendes fez da sororidade latente dentro de si – e ao seu redor – obra de arte. Mulheres retratadas por uma mulher. Mulheres despidas de preconceitos, do que as aprisiona e sufoca. Mulheres sem filtros, sem corpos-imagem. Mulheres nuas com suas curvas, cores, dores, amores. A (im)perfeição na quebra do padrão, retratada por sua pintura, utiliza como suporte um material nada convencional, o papelão corrugado. Este, um tipo de papel resistente com miolo ondulado que um dia serviu para caixas de mercadorias, agora, ganha novo significado em seu universo criativo, mostrando que o enrugado pode ser tão belo quanto o liso. Cicatrizes que marcam histórias. Cada história uma marca, cada trajetória uma cor. Um resignificado.

Na exposição, mulheres colocadas lado a lado. Com suas próprias identidades, delimitadas pela tela, mas transcendentes. Interconectadas. Unidas para se libertarem da opressão das molduras. Mulheres que reencontram outras tantas mulheres. De diferentes idades, em tons próprios como as diversas fases da vida. A ancestralidade a nos lembrar todas aquelas que vieram antes de nós e que ajudaram, com as suas experiências compartilhadas, a construir as nossas melhores partes. Sororidade, dita pelo olhar, muito antes de enunciada por palavras

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